sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Evolução da Turma da Mônica

Desde pequena (de idade, porque de tamanho ainda continuo), sempre curti muito a Turma da Mônica e é com ela que inicio as postagens do "Coisas de Karol com K".


    A Mônica foi criada inspirada na filha do Mauricio,  para ser um contrapeso num universo dominado por meninos, era forte, briguenta e carregava seu coelhinho de pelúcia.
    O cabelo era apenas escorrido, ela usava sapatos, tinha 'papada' e o vestido tinha bolsinhos.
    Para aproveitar melhor o tempo e fazer desenhos mais rápidos, Mauricio começou a simplificar os traços. Sumiram os detalhes da roupa, e o cabelo começou a ter um certo toque bidimensional, escorridos só para um lado. 
    Depois, os cabelos viraram uns traços grossos e sumiram os sapatos.
A Mônica só ficou "redondinha" do jeito que conhecemos no final dos anos 70.




    O Cascão foi criado em 1961, para contracenar com o Cebolinha. Inspirado em um amiguinho de infância, Mauricio teve um certo receio quanto a recepção dos leitores devido a sua mania de sujeira e aversão ao banho. Mas ele logo foi bem recebido e continua aí até hoje sujinho. 
    Assim como o resto da turma, o Cascão das primeiras tirinhas era bem diferente do atual.
    As sujeirinhas e a roupa eram a mesma, mas o cabelo não era no topo da cabeça, ia até nas orelhas.
    A ideia do borrão ( impressão digital ) que é o cabelo do Cascão veio do Graciano, que é arte finalista do estúdio até hoje.
    Passou por sua fase magrela, bochechuda, angulosa assim como todo os outros personagens, e em Agosto de 1982 teve sua própria revista. 



    Cebolinha existiu mesmo. Era um garotinho lá de Moji das Cruzes que trocava o R pelo L, e tinha o cabelo todo espetado. Mauricio se baseou nele para criar o Cebolinha que conhecemos em 1960.
    No início ele era mais crescidinho e mais gordinho, e fios de cabelo, tinha de montão. Pelos desenhos, dá para perceber, assim como a Mônica, que o cabelinho foi se ajeitando até ficar do estilo atual. Dos inúmeros fios, incontáveis, foram diminuindo, ficaram 8, 7, 6, até os 5 que conhecemos.
    Teve sua fase 'bochechuda' até ficar redondinho como todos os outros personagens. Só a personalidade é que não mudou muito. Continua pestinha e louco para tirar da Mônica o título de dona da rua.




    Chico Bento nasceu em 1961, como um mero coadjuvante nas tiras de Zezinho e Hiroshi. Esquisito não? Pois é. Os tais Zezinho e Hiroshi são nada mais nada menos que Zé da Roça e Hiro, hoje os meros coadjuvantes das histórias do Chico Bento. 
O fato dessa 'inversão' se deu pelo carisma do personagem, inspirado nos caipiras de Mogi das Cruzes, principalmente pelo tio-avô de Mauricio (que emprestou inclusive o seu nome - Chico Bento). 
    Apareceu nas revistas da Mônica até 1982, ano em que ganhou seu próprio Gibi. Abraçou a ecologia, abandonando estilingues e trabucos e passou a ser um menino trabalhador e estudioso (mas nem tanto). 
    O traço do personagem evoluiu paralelamente com o restante do universo da Mõnica. Quando Mônica ficou mais 'angular', o Chico também ficou, e quando Mônica ficou 'redondinha', o Chico arredondou. 



    Criada em 1963, a segunda menina do universo de Mauricio de Sousa. Obviamente já chegou detonando todas as pizzas, melancias e sorvetes do bairro do Limoeiro.
Essa fome não é para tanto. Magali foi inspirada na...Magali, filha do Mauricio, que tinha um apetite invejável, e que por mais que queria, continuava sempre magra.
    Mesmo nos primeiros números das revistinhas da Mônica e Cebolinha, Magali não era uma presença constante.
    No final dos anos 70 ela começou a ganhar força, encabeçando historias solo, até que em 1989 teve sua própria revista.

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