terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

SAUDADES DA MINHA "BICICLETINHA" VERMELHA

Digo bicicletinha porque era pequenininha mesmo...mas bem pequena...
Ela tinha dois pneuzinhos bem pretinhos e redondinhos...
Os pedais eram quadradinhos e cinzas...
O guidão era firme e o breque...ah...e o breque, então! - O breque era animal!
Com ela rodei o quarteirão, fui no Açougue comprar carne para a minha avó, passei em frente ao bar do fliperama, dei oi para o Tio Tacílio e me diverti nas lajotas verdes da esquina...que faziam um barulhinho bem irritante quando eu passava por lá...
Com ela passei em frente ao correio e ao lado do Posto de Gasolina, cumprimentei o André e o Sr. Hélio e virei a esquina com tudo deixando muitos que por ali passavam preocupadíssimos com a minha cabeça que poderia se rachar a qualquer momento.
Nela não consegui levar ninguém na garupa, afinal, ela era bem pequenininha...só cabia eu mesmo que também não ficava atrás no tamanho...rsrsrsrs
Quando minha avó falava alto algo como "Meu pai eterno" eu sabia que o bicho ia pegar pro meu lado e que, naquele dia, eu levaria um safanão daqueles quando chegasse em casa e tudo ficaria vermelho, assim como minha bicicletinha: minha orelha, minha bunda e até minha falta de vergonha na cara...que naquela época era só diversão, ingenuidade e posso dizer SABEDORIA DE VIVER!


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